Governo do Estado quer antecipar feriados. Muitos prefeitos não querem. Galera quer continuar bebendo. Autoridades querem frear. Discussões polarizam atenções.
A antecipação de feriados, como definido em alguns cenários do país, deve ser decidida nas próximas horas em Mato Grosso. O governador Mauro Mendes manteve várias reuniões sobre o tema, nas últimas horas, com representantes de vários segmentos. A decisão, agora, será encaminhada a Assembléia Legislativa.
Para o governo a proposta é definir um superferiado, a partir da próxima sexta-feira, 26, com o objetivo de contEr a proliferação do novo coronavírus. Cinco feriados seriam antecipados, juntando com a Sexta-Feira Santa e dois finais de semana, dando 10 dias consecutivos de folgas, principalmente aos trabalhadores de serviços não essenciais.
A matéria, contudo, tem encontrado resistência. O presidente da Associação Mato-Grossense de Municípios, Neurilan Fraga, que participou de reunião com o governador e líderes do setor produtivo do Estado – indústria, comércio, agricultura e pecuária – argumenta que a maioria dos prefeitos do Estado é contra a antecipação de feriados.
Segundo Nerilan, “ao invés de frear a propagação do vírus, haverá uma aceleração ainda maior”, lembrando que as pessoas aproveitam feriados para viajar, visitar parentes, ir para a beira de rios, balneários, confraternizar-se com amigos e familiares, além de outras atividades de lazer fora de casa. “Isto provoca aglomerações e consequentemente aumenta a propagação da doença”, destaca.
Bebidas alcoólicas
Na reunião com o governador, outra situação levantada está relacionada a venda de bebidas alcoolicas.
O presidente da AMM é pela proibição total de bebidas alcoólicas, por qualquer estabelecimento. Lembra que “depois de um certo consumo da bebida, as pessoas perdem a noção do perigo, deixam de usar máscaras e não se preocupam com distanciamento”.
Na reunião foi lembrado, ainda, que o consumo de álcool está entre os fatores mais determinantes para acidentes no trânsito. Outro fator, muitas das vítimas em brigas e desentendimentos são pessoas que consumiram álcool de forma exagerada.
Como não existem leitos de UTI’s no Estado por conta da pandemia, essas questões precisam ser pesadas. Assim, proibir temporariamente é a melhor solução.
