Usar celular carregando já é um perigo. Com relâmpagos, perigo aumenta. Mais um óbito acontece por ignorá-lo.
Um adolescente de 14 anos morreu após levar um choque ao tentar usar o cabo do celular conectado na tomada para efetuar a recarga da bateria.
A fatalidade aconteceu em Alexânia, cidade no entorno do Distrito Federal. Max Willyan dos Reis Gomes, morador de uma chácara a cerca de 5 km da cidade, foi vítima do acidente no último sábado (18).
De acordo com informações dos familiares e da Polícia Civil do DF, ele foi encontrado caído a alguns metros da tomada, falecendo ainda no local.
A polícia informou que ele estava usando um extensor para carregar o celular e que relâmpagos estavam acontecendo na região no momento do acidente.
Contudo, ainda não é possível saber o que causou a descarga elétrica, o que deve ocorrer apenas após a divulgação dos resultados da perícia. As autoridades não informaram prazos para que esses resultados sejam concluídos.
Riscos de choque
Um caso parecido a este ocorrido no último final de semana se deu no Ceará, em 2018. Na época, um adolescente de 16 anos morreu depois de desconectar seu celular da tomada, colocar o carregador na entrada USB de um computador e tentar atender uma ligação. Também foi um choque elétrico que causou sua morte.
O choque acontece quando elétrons ficam se movimentando de um ponto ao outro em um fluxo ordenado. Mas isso só funciona se existe um meio de propagação que permita que esse movimento. E nosso corpo acaba servindo como um caminho para isso.
Especialistas alertam que existem riscos, ainda que raros, ao se utilizar o celular no momento em que ele está conectado a uma tomada ou porta USB. O perigo é agravado no caso de carregadores que não são originais, que podem fornecer energia além da necessária para a recarga e até mesmo puxar energia quando o celular não estiver conectado. Além dos perigos de choque elétrico, existem também riscos de incêndio, que pode ser começado por um curto-circuito na tomada em que o celular estiver sendo carregado.
Adotar medidas simples pode ajudar a evitar fatalidades como as noticiadas, segundo especialistas, como: não tocar no celular com as mãos molhadas, além de não tocar nas partes metálicas do carregador ao plugá-lo na tomada.
A extensão usada pelo jovem do Distrito Federal pode não ser a responsável pela descarga elétrica que causou sua morte. Entretanto, esses extensores, bem como os benjamins (ou tês), adaptadores de tomada e outros recursos que prometem "adequar" a tomada ao seu uso também não são recomendados.
Além disso, especialistas sugerem que a rede elétrica interna de cada casa seja revisada a cada cinco anos, na busca de identificar falhas que podem ocasionar choques.
Saiba como prevenir acidentes ao carregar o celular:
Evite deixar o celular carregando dentro de gavetas e caixas ou em cima de objetos inflamáveis.
Evite atender ou fazer ligações enquanto carrega o celular. Não carregue o celular em ambientes com vapor ou risco de molhar (banheiro).
Não puxe o carregador pelo cabo para tirá-lo da tomada, rompendo fios internos.
Carregadores comprados no exterior podem não ser compatíveis com a rede elétrica brasileira.
Não coloque objetos pesados em cima do cabo do carregador, nem torça demais o item.
Fonte: Tilt
