A notícia da prisão do médico e vereador Thiago Barbosa, acusado de crimes hediondos contra menores, chocou a sociedade. Como alguém que ocupava posições de confiança — cuidador da saúde e representante do povo — pode afundar-se em tamanha perversão? O caso, infelizmente, não é isolado. Ele revela uma triste realidade: o mal não escolhe profissão, status ou religião. E quando surge em figuras públicas, a decepção é ainda mais devastadora.
A Bíblia já alertava sobre a gravidade dos pecados contra os inocentes: "Mas qualquer que fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar" (Mateus 18:6). João Calvino, teólogo reformado, em seus Comentários sobre as Epístolas Pastorais, destacava que "aqueles que deveriam ser exemplos de virtude, mas se tornam instrumentos de escândalo, atraem sobre si um juízo mais severo".
Três lições que podemos extrair desta tragédia:
Que casos como esse nos levem a refletir: em quem depositamos nossa confiança? Que nossas ações — especialmente as escondidas — sejam pautadas pelo temor a Deus. E que as vítimas, muitas vezes silenciadas, encontrem não apenas justiça, mas também redenção e cura.
Oremos pelos quebrantados. E vigiemos, pois o pecado espreita até mesmo onde menos esperamos.