Texto de nossa editoria - leia-se Rev. Vivaldo - toca nas implicações mais profundas da Páscoa na existência. Feliz Páscoa a todos!
"Porque eu sei que o meu Redentor vive e que no fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida esta minha pele, então fora da minha carne verei a Deus." (Jó 19:25-26)
A Páscoa não é apenas uma celebração histórica, mas o alicerce da esperança cristã. Na teologia reformada, a ressurreição de Cristo não é um evento isolado; é o marco que redefine a existência humana, conferindo sentido último à vida, à morte e à eternidade. A vitória de Jesus sobre a sepultura não apenas valida Sua divindade, mas transforma radicalmente nossa compreensão de propósito, redenção e futuro. Aqui, destacamos três implicações profundas da ressurreição para o sentido da vida.
1. A Morte Não é o Fim, mas a Porta para a Plenitude
A ressurreição de Cristo destrói o poder definitivo da morte (1 Coríntios 15:54-55). Na perspectiva reformada, isso significa que os crentes não enfrentam a morte como tragédia última, mas como passagem para a comunhão eterna com Deus. A vida, portanto, não é um acidente sem rumo, mas uma jornada orientada para a glória futura. Cada dor, cada luta, é permeada pela certeza de que, assim como Cristo ressurgiu, nós também seremos transformados.
2. A História Tem um Propósito e um Juiz Justo
A Páscoa afirma que Deus não abandonou o mundo ao caos. A ressurreição é o primeiro ato da nova criação (Romanos 8:21), garantindo que a história caminha para a restauração final. Na teologia reformada, isso implica que nosso labor no Evangelho, nossa busca por justiça e nossa resistência ao pecado não são em vão. Cristo ressurreto é a prova de que o mal não vencerá, e que toda lágrima será enxugada (Apocalipse 21:4).
3. A Vida é Chamado para Viver em Esperança Ativa
Se Cristo não ressuscitou, vã é nossa fé (1 Coríntios 15:17). Mas Sua vitória nos convoca a viver como agentes da esperança. A ética reformada enfatiza que a ressurreição nos liberta do desespero e do conformismo. Nossas ações — no trabalho, na família, na sociedade — são respostas ao Deus que venceu a morte. A Páscoa nos impele a amar com ousadia, pois sabemos que o último capítulo da história já está escrito.
Essas são as implicações da ressurreição: a morte derrotada, a história redimida e a vida transfigurada em esperança ativa. A Páscoa não é apenas um evento do passado, mas a chave que desvenda o sentido da existência. Em Cristo ressurreto, encontramos não apenas um exemplo, mas a garantia de que toda luta terá fim, todo pecado será julgado e todo quebrantado será restaurado. Ele vive — e essa verdade é o alicerce inabalável para uma vida que glorifica a Deus, hoje e eternamente.
Paulo Cesar de oliveira
Glória Deus nas alturas que podemos estar em Cristo e viver na esperança de um porvir eterno com Ele , quando venceu a morte ressuscitando no terceiro dia