Base de pesquisa em terra indígena referencia seriedade de projetos do IFMT campus de Juína.
A construção de uma Base de Apoio para atividades de ensino, pesquisa e extensão do IFMT, campus de Juína, na terra indígena Erikpatsa, na aldeia Barranco Vermelho, na bacia do Rio Juruena, confirma diante da sociedade “noroestense” de Mato Grosso a seriedade do trabalho desenvolvido por essa instituição de ensino.
A região noroeste do Estado tem sido beneficiada por inúmeros projetos do IFMT, em parceria com diversas outras instituições, sendo duas delas a Escola Paulo Freire e o Instituto Ambiental Rio Perdido (IARP), de Juína, município polo.
Em Castanheira a instituição foi responsável pelo plantio de centenas de árvores no entorno do Vale Verde, na região central da cidade. Quando crescidas, transformarão o local, hoje ladeado por uma pista de caminhada construída pela Prefeitura Municipal, num espaço agradável de descanso e entretenimento.
Outro marco relevante no município de Castanheira é o projeto de recuperação das nascentes do Rio 7, desenvolvido em parceria com a Secretaria de Agricultura do município, comprometidas nos últimos anos com o lento mas permanente processo de assoreamento, gerando diminuição significativa de seu potencial hídrico.
Voltando a base na terra indígena Erikpatsa, o valor da iniciativa pode ser medido pelos aspectos geográficos. Ela está situada numa área de aproximadamente 80 mil hectares e juntamente com as terras indígenas Japuíra e Escondido, todas habitadas por Rikbaktsa, compõe o território tradicional desse povo na região.
A TI Erikpatsa foi homologada e reconhecida oficialmente como território indígena, estando situada numa área de transição ecológica entre o cerrado e a floresta amazônica, abrigando uma rica biodiversidade. Recentemente sediou o 11º Festival Juruena Vivo, que celebrou a cultura dos povos indígenas e iniciativas de valorização da floresta em pé.
Para o professor Josemir Paiva, um dos responsáveis pela construção da estrutura, é fundamental ter esse local específico para a continuidade das atividades do IFMT voltadas para as comunidades indígenas e estreitar os laços com a cultura Rikbaktsa, uma das mais importantes da região noroeste, mediante o diálogo e à troca de conhecimentos entre pesquisadores, professores, estudantes e a comunidade indígena.