Para muitos leitores do Castanheira News, a impossibilidade de unidade em torno de um nome pode deixar região noroeste do Estado sem representatividade política nos legislativos estadual e fe
Unidade num tema essencial no cenário político – representatividade – parece ser utopia na região noroeste. A poucos dias do quadro para as eleições de 2022 ser definido, a possibilidade de ter representantes nos legislativos estadual e federal é questionada por um grupo de leitores do Castanheira News, identificados com as diferentes vertentes do cenário político.
Como Castanheira tem um nome para a Câmara Federal, da ex prefeita Mabel de Fátima Melanezi Almici, alguns dos consultados, com domicílio eleitoral no município, destacam que apesar de seu ótimo trabalho, que lhe garantiu reeleição e a eleição do atual prefeito, o Juninho, seu indicado nas últimas eleições, muitos castanheirenses historicamente tem suas predileções.
Entre os nomes que podem tirar votos de Mabel dentro de seu colégio eleitoral, casos sejam confirmados nas convenções, alguns citam a professora Rosa Neide, do PT, por ser autora de vários pleitos pelo município e por representar um partido que tem eleitores locais, especialmente entre os professores.
Outro nome mais recente, é de um partido que se alinha em oposição – até radical! – ao partido do ex presidente Lula, o PL. Trata-se da ativista Amália Barros, que pode atrair votos entre os simpatizantes do atual presidente da república, Jair Bolsonaro, que já estiveram com ela, num encontro informal, nesta quinta-feira, 21.
Amália, que fez história a partir de Mogi Mirim, São Paulo, hoje reside em Campo Novo do Parecis, e conseguiu aprovação da PL 1615/2019, que leva o seu nome – Lei Amália Barros – garantindo direitos a pessoas com visão monocular. Esta PL é de autoria do senador Rogério Carvalho, do PT, comprovando que “a boa política”, como defende a própria pré candidata, transcende interesses meramente partidários.
Mas entre os defensores de Mabel, existe a lembrança da repercussão de seu trabalho em toda região noroeste, como gestora municipal. “Tenho amigos em Colniza, Juruena, Aripuanã, que votarão em Mabel”, destaca um dos leitores consultados.
Numa terceira leitura, alguns lembram que existem colégios eleitorais muito mais densos no Estado, como Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Rondonópolis. Entre esses leitores, muitos acreditam que Mabel teria grandes chances de ser eleita, mas para a Assembleia Legislativa do Estado.
Na corrida pela Assembleia, além de nomes mais conhecidos no Estado, de regiões com mais densidade demográfica – e consequentemente mais votos – e nomes de outras regiões que já construíram bases no noroeste estarem na disputa, muitos lembram novamente o fator “impossibilidade de unidade” como possível empecilho para a região voltar a ter representatividade. “São muitos candidatos para um universo reduzido de votos quando se leva em conta outras regiões do Estado”, argumenta um dos leitores.
Nesta esfera, contudo, um nome é apontado como tendo condições de agregar muitos votos. Trata-se do ex prefeito de Juína, Altir Peruzzo, do PT. Embora pertencendo a uma agremiação de esquerda, que não tem grande representatividade no Estado, mas que já alçou um nome da região à Câmara Federal, Ságuas Moraes, conceituado médico de Juína, o ex prefeito continua sendo lembrado por seu trabalho no município vizinho e há quem lembre que ele “quase chegou lá”, referindo-se a Assembleia Legislativa, tendo sido primeiro suplente na legislatura anterior (2014-2018).