Nosso amor deve ser uma resposta à graça divina, nunca uma quitação.
Vivemos em um mundo onde dívidas são sinônimo de preocupação, juros e cobranças. Mas e se a Bíblia nos apontasse uma "dívida" que, em vez de nos oprimir, nos eleva? Romanos 13:8 diz: "A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor...". O que isso significa?
O apóstolo Paulo não está condenando empréstimos ou negócios, mas destacando que o amor é a única obrigação que nunca se extingue. Por quê? Porque o amor humano, por mais genuíno, é finito — enquanto o amor de Deus por nós é incomparável (1 João 4:19). Como diz o teólogo John Stott: "O cristão é eternamente devedor, pois recebeu graça imerecida e deve refleti-la ao mundo".
Imagine um filho que, ao receber um presente caro dos pais, sente-se no dever de retribuir. Mas, por mais que se esforce, nunca conseguirá pagar o valor real do gesto. Assim é nosso amor: uma resposta à graça divina, nunca uma "quitação".
Conclusão Prática:
"O amor é a dívida que, quanto mais a pagamos, mais a devemos." (Agostinho de Hipona).