Enquanto muitos países já começam a vacinar sua população ou já estão em estágios avançados do processo de compra, no Brasil especialistas criticam atrasos e politização do assunto.
As aguardadas boas notícias em relação a vacina contra a Covid 19 começam a florescer.
Na Inglaterra, uma britânica, Margaret Keenan, de 90 anos, tornou-se nesta terça-feira, 08, a primeira paciente do mundo a receber a vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech. “Me sinto privilegiada”, disse ela, que estava vestida de Papai Noel. “É o melhor presente”.
A Rússia começou a administrar sua vacina, denominada Sputnik V, no fim de semana passado e a China também utiliza uma vacina experimental em um grupo reduzido da população.
Nos Estados Unidos e na União Europeia, as respectivas agências reguladoras de medicamentos devem anunciar as aprovações em breve. Antes, como se recomenda, para adiantar etapas, já anteciparam compras, como, no caso dos americanos, um grande lote da vacina desenvolvida pela Pfizer.
Brasil
No Brasil o Ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou em reunião virtual com governadores de Estado que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve demorar 60 dias para aprovar o uso de qualquer vacina contra a Covid 19. "Estamos perdendo a guerra para a Covid", disse porta voz do encontro.
A Confederação Nacional de Municípios, CNM, em nota, cobrou do governo federal mais agilidade nos processos.
O infectologista Júlio Croda, infectologista pesquisador da Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) está preocupado com a organização do governo federal para vacinar a população brasileira.
Segundo ele “o Brasil está atrasado em tudo”, inclusive na compra de materiais básicos para a vacinação. Especialistas criticam a politização do processo, responsável por iniciativas tardias, colocando o Brasil no fim de uma fila de compras na relação direta com várias nações.
