Foto deste texto dimensiona a precariedade da vida no início dos assentamentos do Vale do Seringal.
"O coração de Castanheira" – essa foi a expressão usada pela professora Francisca Eliene Steganes, conhecida como "Pit", na 7ª edição da Revista Innovare (agosto de 2015), para definir a região do Vale do Seringal, em Castanheira, onde hoje existem quatro pujantes assentamentos.
Em paralelo ao documentário "Raízes de Castanheira: A Vida nos Núcleos Habitacionais" – que narrará a origem e a trajetória dos três principais núcleos da região –, o editor e produtor Vivaldo Silva já iniciou os trabalhos de pesquisa.
A foto que ilustra esta matéria pertence ao acervo pessoal da ex-prefeita Zilda Stangherlin (que governou o município por dois mandatos) e retrata um modelo comum de residência nos primórdios da ocupação. Registrada em 1997, a imagem foi restaurada pelo Site Castanheira News, em um trabalho realizado pelo parceiro Carlos Suntak.
Sobre a importância atual desses núcleos para a economia local, Antônio Pereira (o "Dilsinho"), sua esposa e a própria Francisca destacam que "todos têm orgulho de morar na região". Sua origem remonta a 6 de agosto de 1996, data da ocupação de parte da Fazenda Enco, então coberta por densa mata nativa.
Diferentemente dos núcleos Nova Conquista e Lambarí, o terceiro retratado no projeto – o Novo Horizonte – tem formação anterior, caracterizado por propriedades rurais maiores e marcado por referências como duas serrarias, incluindo uma extensão da Rezzieri, a maior da região na época.