Da Soma de manifestações um jeito de homenagear Moacir Sansão

Não é sobre a dor da partida, mas sobre a vida que se fez raiz. Não é sobre o silêncio que resta, mas sobre a voz que ecoa em cada fazenda, em cada negócio, em cada solução que nasceu das mãos de um homem visionário. Moacir Sansão não foi apenas um nome – foi um capítulo inteiro na história do agro, um daqueles que transformaram terras desbravadas em promessas concretas.

Dos 86 anos que a vida lhe deu, muitos foram dedicados a construir não apenas patrimônios, mas caminhos. Ao lado de Adalberto, enfrentou a ausência de recursos, a logística precária, o desafio de uma região ainda em formação. E, no lugar das dificuldades, plantou alternativas: a Sansão Nutrição Animal - Hoje Fortuna Sansão -  não surgiu por acaso, mas da necessidade de quem enxergava além do curral – enxergava o futuro.

Alguém escreveu que Moacir não era perfeito – porque humano. Mas sua imperfeição não apaga a marca de quem ousou pensar adiante, de quem transformou suor em legado. Hoje, Castanheira, Juína, Barra do Bugres, Arenápolis e tantos outros cantos de Mato Grosso carregam em suas terras, em suas memórias, um pouco do que ele ajudou a erguer.

O lamento pela partida é justo, mas a gratidão é maior. Porque homens como Moacir não se vão de verdade – ficam nos nomes das fazendas, nas soluções que criaram, na coragem que inspiraram, nas prosas do cotidiano. Sua história não termina aqui; segue naqueles que herdaram seu espírito desbravador.

Que a terra lhe seja leve, Moacir. E que seu exemplo continue a germinar.