Esportista castanheirense morre aos 29 anos. Como grande parte dos jovens nascidos na terra da Rezzieri, foi aluno do Maria Quitéria. Residia há cerca de 7 anos em Juína.
A morte trágica de Rafael Rodrigues, o Rafa Rodrigues, 29, na madrugada desta quarta-feira, 12, torna o dia mais triste ainda em Castanheira, que tem perdido muitos de seus moradores neste ano de 2021. Os registros de centenas de amigos nas redes sociais, dimensionam o tamanho da dor.
A história de Rafa, como era conhecido, pode ser contada de diversos ângulos. Foi mais um estudante que fez da Escola Maria Quitéria a base para o desejo de voo mais alto, na AJES, onde chegou a cursar matemática, mas não concluiu. No esporte, amava o futebol de salão. Mesmo morando em Juina, no Módulo 04, há 7 anos, vinha a sua terra na época das edições da Copa Sicredi, para defender algum time local. Deixa saudades especialmente entre os amigos da equipe da Gazin.
Da juventude, conviveu com os conflitos naturais de muitos, num mundo conturbado, onde as coisas tendem a ir de mal a pior. Pessimismo? Não! É o rito dos tempos, pelo menos segundo o cristianismo, que descreve a caminhada da humanidade com um clímax terrível, com o aumento de doenças, epidemias e, mais triste, do próprio egoísmo humano, com a valorização cada vez maior do ter, em detrimento do ser.
“Rafa talvez não tenha aguentado algumas pressões”, revela um amigo próximo, que prefere o anonimato. Costumava dizer que “o medo é o que mais o derrubava”.
Nas redes sociais suas postagens apontam nesta direção. “Às vezes fico pensando será que alguém é feliz por ter me conhecido?”, registrou no último dia 04 de maio, em seu face. Da série “Rick and Morty” citou que “a carga mais pesada que carregamos são os nossos próprios pensamentos”. E a poucas horas de tomar uma decisão trágica contra a sua própria vida, escreveu “estar sozinho é ótimo, mas se sentir sozinho é horrível! ”.
“Era um grande amigo. Não dá para acreditar nisto!”, disse Rodrigo Servino, ao Castanheira News, referindo-se aquele que viu crescer no Sítio dos pais, na linha 01, região da Santa Emília, na zona rural de Castanheira. "Estamos muito tristes, jogamos vários campeonatos juntos" relata o futebolista Edson Garcia da Silva, o Farofa. Era filho do Seo Ananias, irmão de Rubens Rodrigues, o Robão, e Romário Rodrigues. Este último, teve na madrugada desta quarta um dos momentos mais tristes, ao encontrar o irmão morto, junto com um bilhete.
Segundo familiares, seu corpo está sendo velado em Castanheira, na Casa da Saudade, e sepultado ao final da tarde – por volta das 17 horas - no Cemitério Bom Jesus. Como destaca um hit sertanejo, a partir de agora "o que resta é a saudade".
